ELOGIO DA ÁRVORE - 2

 As árvores e o aquecimento global

Não será tarefa fácil travar as alterações climáticas em curso, caso haja vontade dos dirigentes políticos e do conjunto das comunidades humanas para o fazer, como é evidente. O que, francamente, não é muito perceptível, actualmente.

No entanto, temos algumas armas ainda disponíveis: um decrescimento do consumo, em particular o energético, começando por utilizar massivamente não só as energias renováveis e com menor impacto ecológico, mas uma fonte de energia imensa e sempre desprezada, a “energia desperdiçada” a rodos, em especial nas denominadas sociedades desenvolvidas.

 Outro aliado com grandes capacidades é a floresta que teremos de proteger a todo o custo, impedindo a destruição da existente e que já retém uma grande quantidade de carbono (um carvalho de 40 metros reterá de 5.000 a 7.500 Kg de CO2, diz-nos Catherine Lenne da Univ. de Clermont-Ferrand - ”Science et Avenir” de Maio 2022) e reconstituindo muitas mais.



As árvores não armazenam apenas o carbono atmosférico, ainda que a sua capacidade tenha limites (captam cerca de 8 mil milhões de toneladas de equivalente CO2), mas emitem partículas finas que contribuem para a condensação do vapor de água, logo essenciais para a chuva. Além disso filtram o ozono, os óxidos de azoto, enxofre, monóxido de carbono e fixam as partículas finas do diesel.

Uma árvore absorve 50% da radiação solar e reflecte 30%. Somente 20% atinge o solo. São, pois, bastante eficazes para amenizar a temperatura ambiente. Em meio urbano, além de diminuir a temperatura são importantes, inúmeros estudos o confirmam, para o equilíbrio psicológico das populações.

Que estamos à espera para replantar matas e bosques e encher as nossas ruas e localidades de árvores e parques? Eis o que deveria ser um desígnio primeiro das nações.

   

- José Louza


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